O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.
FERNANDO PESSOA
Mensagem
(1934)
Eu escolhi
este poema porque é muito especial, e é inesquecível. Tem uma característica
que cada pessoa o lê da sua maneira e tira as suas conclusões. E é um poema de
Fernando Pessoa um escritor e filosofo que bastante admiro pois tem obras únicas
como os heterónimos e a mensagem. Este poema em particular fascina a mim e a outras
pessoas porque é único. E eu gosto particularmente de narrativas épicas, este
escritor tem a particularidade que escrevia em português e traduzia muita das
vezes para inglês (Shakespeare e Edgar Poe), e traduziu ( António Botto6 e
Almada Negreiros).
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